terça-feira, 25 de dezembro de 2012

eu herói


EU HERÓI



OBS: Hoje vou contar a historia real da minha vida. São exemplos que herdei de meus pais, sem querer me gabar, por tê-los adquirido.

Meu pai se chamava Isaac de Aguiar. Humilde, trabalhador, honesto e lutador. Perante a vida difícil daqueles tempos, criou-me junto a mais outros sete filhos.
Contarei uma pequena passagem, mas grande em minha memória, sobre o heroísmo que herdei de meu pai, em minha juventude.
Meu pai aos seus sessenta e dois anos de idade, possuía uma lavanderia nos fundos do hotel Itabira, à margem do rio Itapemirim, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim - ES.
Certo dia ele ouviu uma gritaria à beira do rio e foi pra lá constatar o que estava acontecendo.
Chegando lá, uma pessoa falou com ele: “Tem uma senhora e suas filhas se afogando ali no rio!”. Assim, sem medir consequências, meu pai pulou um muro, de uns dois metros de altura, e foi se atirando nas águas para salvá-las.
Ao conseguir primeiro trazer salva a lavadeira, ele retornou para salvar suas três filhas. Voltou e buscou as meninas sãs e salvas daquele turbulento rio.
Meu pai foi homenageado pelo Rotary clube. E naquela época, o senador Atílio Vivácqua o homenageou na radio nacional, no programa "Honra ao Mérito". Mas de todas essas homenagens, ficou aquela que herdei dentro de mim.
Um belo dia, eu revivi este seu feito heroico. Não querendo me comparar a ele. Porém relembrar um exemplo de vida que herdei. Houve um fim de semana, em que viajei para Marataízes, cidade litorânea, que é o principal balneário dos habitantes de Cachoeiro. Sempre passei os verões lá, com minha família e amigos.
Chegando a Marataízes, muito cansado da semana de trabalho, fui desfrutar com minha família, que lá me aguardava.
Já era quase meio dia, de um sábado ensolarado. Todos nós almoçamos juntos, aquela comidinha caseira deliciosa, depois fomos para a varanda papear. Quando vi repetir a mesma cena contada acima. Uma gritaria na beirada da praia e assim corri pra lá pra constar o que estava havendo.
 Ao chegar, eu avistei uma mãe desesperada gritando: “Minha filha está morrendo afogada!”. Então, rapidamente, olhei nas quebradas das ondas, uma cabeça. Ela aparecia e sumia. Atirei-me, de roupa e tudo, ao mar e parti nadando em sua direção.
Aproximei-me dela, via sua cabeça afundando e de vez em quando aparecia.  Numa dessas aparições, eu consegui segurar seu pescoço e vim nadando com muita dificuldade, pois minha calça comprida estava muito pesada. 
Até certa distancia, eu não aguentei e afundei com a moça, mas voltei pra superfície, na minha intenção de salvá-la.
Não desisti, puxei-a pelos seus cabelos e vim trazendo muito cansado, até a beira mar. Já na beira, algumas pessoas acabaram me ajudando, assim, eu cai na areia de um lado e a moça desmaiada do outro.
Fomos levados para o hospital. Colocaram-me em observação, melhorei e assim retornei, deixando aos seus cuidados a pobre moça internada.
 No dia seguinte soube que ela tinha se recuperado e voltado pra sua casa.  Depois de alguns meses, a mãe desta moça me procurou para agradecer e me disse: “Seu moço, não sei como te agradecer! O senhor salvou minha filha. Ela estava noiva, ia casar em breve!”. E eu falei pra: “Foi deus que nos salvou!”.
Salvei outras pessoas também, em outras ocasiões. Resgatei outra moça, que estava se afogando no mesmo lugar. 
Depois resgatei um homem, mas este infelizmente faleceu, ele teve um colapso, se atirou no mar sem saber nadar para salvar o seu filho, que também estava se afogando. O trouxe para a praia e ao levá-lo para o hospital, este faleceu.
Contei essa minha pequena passagem para mostrar que às vezes nós herdamos de nossos pais, estes exemplos para nossas vidas!

AUTORIA: Mario Garcia Aguiar

milagre de uma cachorrinha


MILAGRE DE UMA CACHORRINHA


            Uma mãe saiu a passear com sua filha, ao longe avistaram uma cachorrinha e ao se aproximarem, a cadelinha veio ao encontro das duas, balançando o rabinho. A menina se abaixou e acariciou sua cabeçinha. A mãe pediu que a filha largasse o animal, pois estava sujo e mal tratado, poderia, assim, pegar uma doença.
            Dessa forma, a mãe pegou a filha e saíram caminhando. Mas quando a menina olhou pra traz viu que a cachorrinha estava acompanhando-as e falou para mãe: “Olha mamãe, o cãozinho está vindo atrás da gente!”.  A mãe falou: “Vamos entrar aqui nesta loja, que ela vai embora”. Entraram e fizeram compras por algumas horas. Quando saíram do estabelecimento, lá estava a cachorrinha esperando por elas.
            Continuou sua caminhada de volta pra casa, com a companhia do animalzinho.
A mãe já preocupada comentou não saber como livrar-se deste animal. Ao chegarem em casa, a mãe fechou o portão e lá ficou a cadela do lado de fora.
Entardecendo, a menina, escondida da mãe, pegou seu pratinho de comida e escondeu, e numa distração da mãe, foi levá-lo para a cachorra. Quando se aproximou da cadelinha, esta começou a latir e balançar o rabo, pois estava com muita fome. Comeu tudo em um relance e começou a latir, parecendo agradecer o gesto da menina.
Porém, aconteceu que os latidos altos da cachorrinha, chegaram ao ouvido de sua mãe, que gritou para filha largar a cachorra. A menina entrou chorando e pediu para a mãe deixa o animalzinho entrar em casa. Depois de ver a filha com tanta peninha do animal, consentiu, mas falou para ela que no dia seguinte bem cedo, colocaria a cachorra de volta na rua, e foram dormir.
Já tarde da noite, acordaram com a cachorra latindo muito e a mãe foi olhar na janela. Viu dois homens correndo e pulando o muro de sua casa de volta para rua. Em seguida, a mãe tremendo de medo voltou pra cama e abraçou sua filha.
Amanheceu e a menina pediu novamente a sua mãe para não mandar a cachorrinha  embora, e para a surpresa de sua filha, a mãe falou que iria deixar, pois naquela noite a cachorra espantou dois ladrão que iriam nos roubar. A menininha ficou muito alegre, e na mesma hora já levaram o animal em uma clínica veterinária, para vacinar, banhar e tosar. As duas voltaram para a casa com a cadelinha limpinha, bem cuidada, e muito feliz.
Porém, no dia seguinte, a menina amanheceu passando mal e a mãe desesperada a levou em seus braços ao médico, uma vez que a garotinha não estava conseguindo caminhar.
O médico examinou-a e a mandou fazer uma serie de exames, os quais constataram paralisia. A menina foi internada para tratamento e a cachorrinha ficou muito triste sem se alimentar por horas, sentindo sua falta.
Em uma ida da mãe ao hospital, a cachorrinha fugiu a procura da menina e vagou pela cidade toda, porém não a encontrou. Avistou a igreja a qual a mãe e filha frequentavam as missas e lá entrou e ficou deitadinha de baixo de um banco com a esperança de sua dona aparecer. Mas a mãe estava no hospital com a filha e não compareceu a igreja naquele dia.
A cachorrinha ali ficou, até terminar a missa, sempre observando tudo, inclusive quando o padre guardou as hóstias que sobraram em um saquinho. E então teve a idéia de pegar as hóstias e levá-las para casa. Ficou de prontidão até o dia seguinte e quando a mãe saiu para visitar a filha, a acompanhou a distancia e ficou  na frente do hospital com o saquinho de hóstias na boca.
Latindo muito e incomodando a todos, a mãe da menina foi ver o que era, e então constatou que era sua cachorra e falou do acontecido para sua filha. Com muita dificuldade na fala, a menininha pediu a mãe para buscá-la e dessa forma, ela levou o animal até a filha.
Ao chegar ao quarto, foi uma alegria total, tanto da menina quanto da cachorrinha. A garotinha percebeu que havia um saquinho na boca de sua cadelinha e pediu a mãe ver o que era, que constatou ser as hóstias.
Em seguida, a mãe ajoelhou em oração e rezando pediu pra filha receber a hóstia. E dessa forma, depois de ter tomado uma hóstia, por milagre de Deus, a menininha sentou-se na cama e a mãe ficou estupefata e muito feliz! Ela estava curada, para a surpresa da equipe médica. A menina caminhou e foi ao encontro da cachorrinha para agradecê-la!

MORAL: Assim como nessa história, DEUS realiza milagres impossíveis em nossas vidas.

AUTORIA: Mario Garcia Aguiar

a ovelhinha perdida

A OVELHINHA PERDIDA



            Seu Antônio possuía uma criação de ovinos (ovelhas) o qual tinha muito zelo e amor. Sua esposa estava prestes a dar a luz de seu primeiro filho, e assim aconteceu. No momento em que nascia uma linda menina, por coincidência no seu terreiro, uma ovelha berrava para também dar cria de uma ovelhinha. Foi uma euforia geral.
Seu Antônio falou para sua esposa do acontecido e comentou que iria oferecer essa ovelhinha de presente para a filhinha que acabaras de nascer. O casal batizou a filha com o nome de Carmem e a ovelhinha de Sita, que ao juntar os nomes ficaria Carmemsita. Sita foi criada junto com Carmem, que não largava sua dona. Dormia até em baixo de seu berço. E assim foi crescendo em um apego de irmãs.
Certa época assolou uma seca, devastando toda suas pastagens e dessa forma seu Antonio levou todas as suas criações para outro logradouro, em lugares distantes. E teria que levar em seu rebanho a ovelhinha de Carmem para também se alimentar, devido à escassez de suas pastagens.
Seu Antonio não sabia como falar para Carmem que assim teria de proceder. Chamou-a e disse para sua filha que terás que se separar um pouco da Sita, pois levará ela junto ao rebanho para ela também se alimentar direito, pois estava emagrecendo. A meninha chorou muito, mas no fim concordou em sua separação para o bem dela. De madrugada seu Antonio juntou seu rebanho e foi-se.
Depois de muita caminhada encontrou seu destino e por lá ficou uma temporada até a chegada da chuva. E depois de um tempo, ajuntou seu rebanho de volta para casa. Aconteceu que na viagem de volta, o rebanho crescido com novas crias se dispensaram. Eram cerca de 100 ovelhas, incluindo Sita.
Chegando em sua casa Carmem, também já crescida, estava na varanda ansiosa para receber sua ovelhinha.Quando seu pai chegou com o rebanho, no meio de tantas ovelhas, procurou Sita por todo lado e não a encontrou. Seu pai contou uma por uma e no total percebeu que havia apenas 99 ovelhas, faltando uma, que era justamente Sita. Desesperada, Carmem, em lagrimas, pediu ao pai para encontrar sua ovelhinha. Seu Antonio, cansado da viagem árdua, montou em seu cavalo e partiu a procura da ovelha de sua filha.
Caminhou várias horas e não a encontrou. Anoiteceu, e seu Antonio dormiu em baixo de uma árvore e quando amanheceu, foi acordado por um barulho de uma ovelhinha berrando. Que alegria!! Era a Sita!! Pegou-a no colo e colocou em seus braços e a levou de volta.
Ao chegar em casa, Carminha estava de cama, doente, mas quando viu sua ovelhinha no colo de seu pai,  levantou de sua cama correndo para abraçar seu animalzinho tão querido! Foi uma festa de arrepiar por ter encontrado a ovelhinha perdida e todos rezaram em agradece mento e leram a bíblia.
Assim foi como Jesus falou aos Fariseus: da ovelha perdida com seu amor por todos nós dizendo que haverá maior jubilo no céu por um pecador que fizer penitência do que noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (Lucas 15.1-7, Bíblia Sagrada).

AUTORIA: Mario Garcia Aguiar

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

a história da bruxa má que virou boazinha


A HISTÓRIA DA BRUXA MÁ QUE VIROU BOAZINHA



            Certo dia, a mãe de Pedrinho e Mariazinha pediu que eles fossem à floresta, buscar lenha para fazer o almoço, porque a lenha do forno já estava acabando.
Assim os dois partiram para cumprir o pedido de sua mãe. Mas ao chegarem naquela maravilhosa floresta, as duas crianças começaram a se encantar com a variedade de belezas naturais dali. Eram muitos pássaros coloridos, de várias espécies, cantando no alto dos arvoredos; as lindas flores perfumadas pelo caminho, tanta beleza que os dois se distraíram e se esqueceram de marcar o caminho da volta.
Quando deram por si, já estavam perdidos naquela linda floresta. Os dois caminharam, caminharam, caminharam por várias horas, já cansados e já escurecendo o dia, eles avistaram uma fumaça distante e para lá se foram ver o que era. Ao chegarem próximo eles avistaram uma cabana e foram ver quem morava lá.
Chegaram perto da porta e tocaram a campainha, a porta se a abriu e surgiu uma velhinha, feinha e toda corcunda. A velinha os recebeu com muito carinho e os convidou para entrar: “Meus queridinhos, coitadinhos de vocês. De onde vocês vieram?”. Então Mariazinha falou: “Acontece que a gente veio buscar umas lenhas para nossa mãe e esquecemos que marcar o caminho de volta. Agora nós estamos perdidos!”.
            A velhinha comentou: “Vocês estão salvos agora. Não tem importância. eu vou ajudar vocês. Sentem ai que eu vou preparar uns biscoitinhos pra vocês!”. E assim, ela foi para o fogão preparar os biscoitos. Após os biscoitos ficarem prontos, a senhora chamou as crianças para irem até a cozinha, comer os biscoitinhos.
Quando eles se aproximaram da entrada da cozinha, subitamente caíram numa armadilha e ficaram presos num alçapão. E a velha malvada caindo na gargalhada, não perdeu tempo, amarrou o alçapão com uma grade e falou: “Fiquem ai que vou jogar os biscoitos!”. Ao jogar os biscoitos, Pedrinho e Mariazinha comeram com muita vontade os biscoitinhos, pois estavam com muita fome.
            A bruxa velha ficou olhando as crianças comerem e ficou com inveja da beleza de Mariazinha. Então ela foi se olhar no espelho e levou um susto com sua feiura! Pensou: “Como eu sou horrorosa! Quero ser bonita igual a essa menininha!”.
            Passaram-se muitas horas e o dia amanheceu. Logo ao acordar a bruxa velha foi ver os garotos e chegando lá falou para o Pedrinho: “Vou te soltar para você ir buscar uma poção pra mim, mas a Mariazinha vai ficar aqui presa, pra vocês não fugirem!”.
            A bruxa então soltou o Pedrinho. Ela o mostrou qual o caminho da lojinha de poções, de um bruxo que vendia poções de beleza e de juventude.
E recomendou a Pedrinho que não dissesse ao bruxo, que essa poção era pra ela, porque os dois não se davam, eles eram brigados. Se o bruxo soubesse que a velha queria a poção ele não iria vender.
            Pedrinho foi buscar a poção e ao chegar à venda pediu uma ao bruxo, que lá estava. Meio desconfiado o bruxo falou: “Pra que você quer isso? Você já é jovem e bonito!”. Pedrinho, então, respondeu: “É pra minha vozinha, que esta velhinha!”. O bruxo com muito custo vendeu a poção.
Pedrinho muito esperto pediu também ao bruxo: “O senhor tem também uma poção para acalmar a minha avó? é que ela esta muito brava!”. O bruxo respondeu: “Tenho sim, mas esta poção faz a pessoa dormir um dia todo!”. Pedrinho falou: “Esta bem seu bruxo, me vende, por favor!”. E, assim, Pedrinho comprou as poções e no caminho de volta as misturou.
            Chegando perto da cabana, a bruxa estava o esperando ansiosamente. Ela veio correndo, pegou a poção da mão dele e foi logo a bebendo. Eles entraram na cabana e o menino viu que ela tinha preparado um almoço gostoso pra eles comemorarem sua transformação. Pedrinho e a bruxa se fartaram com a comida, depois a bruxa o prendeu novamente no alçapão, começou a abrir a boca de sono e acabou dormindo.
            No dia seguinte, a bruxa acordou e correu para o espelho, pra ver sua transformação. Ao ver-se no espelho, ficou apaixonada com sua transformação, ela tinha ficado jovem e bonita. A bruxa montou em sua vassoura e saiu voando mostrando a todos habitantes da floresta sua beleza.
            Quando voltou para casa, resolveu ser uma nova bruxa e virar boazinha. Ela soltou Pedrinho e Mariazinha e os acompanhou até a casa deles. Quando as crianças chegaram a casa, encontraram seus pais desesperados. Eles vieram chorando e abraçaram os filhos, agradecendo a bruxinha em ter trazido eles de volta.
            E, assim, a bruxa má, que agora ficou boa, montou em sua vassoura e voltou para sua cabana feliz da vida.


AUTORIA: Mario Garcia Aguiar