sábado, 6 de outubro de 2012

o anjo da guarda


O ANJO DA GUARDA




Era uma vez, em uma floresta distante, um pássaro, com seu canto encantador, misterioso, o qual ninguém conseguia saber de onde vinha, nem onde estava.
Numa casinha próxima a esta floresta, morava Pedrinho, com seu pai e sua mãe. Toda manhã ele acordava e ouvia o cantar desse maravilhoso pássaro, próximo à sua casinha. Pedrinho, com seu costume de pegar passarinhos e prender em gaiolas, planejou: “Vou pegar este pássaro, o qual ninguém consegue trazer pra casa”.
Acordou ainda de madrugada e lá se foi Pedrinho aventurando-se na mata, à procura de sua presa, com seu alçapão e sua gaiolinha. Entretanto, o menino não estava mais ouvindo o cantar do passarinho, mas corajoso continuou caminhando pela mata adentro, por várias horas até se perder. Já à tardinha, quando estava começando a escurecer, Pedrinho bastante cansado, com fome e sede, deitou-se embaixo de uma árvore e dormiu.
Acordou com o passarinho cantando, levantou-se eufórico, partiu em busca daquele cantar maravilhoso e imaginou: “Agora vou pegá-lo!”. Porém, todas as vezes que Pedrinho se aproximava do pássaro, este voava para mais distante ainda, e, assim, o menino continuava o seguindo.
Com muita sede e cansado, Pedrinho avistou um riacho de águas cristalinas e se deitou a beira dele. Fartou-se de beber água, até cessar sua cede, quando de repente ouviu, de novo, o canto do passarinho pertinho de onde estava. Numa árvore, com galhos enormes, encostados á margem do riacho, o menino não perdeu tempo e pegou seu alçapão, armou e pensou: “Vai ser agora!”. Todavia, como sempre acontecia, o passarinho voou para outro caminho, mas Pedrinho não desistiu e foi em busca dele.
Faminto e quase perdendo suas energias, inesperadamente, escutou aquele cantar, em um bananal bem próximo, logo, partiu para lá. Nas bananeiras, avistou lindas pencas de bananas maduras, amarelinhas, refletidas pelo sol. O menino correu até elas, com muita fome, arrancou várias delas e comeu até se fartar. Ouviu o pássaro, novamente, mais distante dali e foi ao seu encontro. Como sempre, quando Pedrinho se aproximava o passarinho voava. Dessa vez, ele voou até a subida de um morro bem alto e Pedrinho, já preparado, pegou rápido seu alçapão para prender o pássaro.
No momento em que ia conseguir capturar o passarinho, o menino avistou ao longe sua casinha. Com saudades, largou tudo e correu em direção ao seu lar. Chegando ao terreiro, lá estavam seus pais, que desesperados gritaram: “Nosso filho voltou!”. Os pais de Pedrinho se ajoelharam e levantaram as mãos para o céu, agradecendo a Deus, pela volta do menino. Cheios de saudade abraçaram bastante o filho querido.
Nesse momento, eles ouviram o passarinho cantar mais forte do que o normal, um canto maravilhoso, que cumpria sua missão de trazer de volta o menino à sua família. Ao ouvir o canto, todos olharam para cima e avistaram na mais alta árvore, um lindo pássaro, enorme, com plumagem branca. O pai de Pedrinho, então, disse: “Nunca mais faça isso filho! Não se pode pegar os passarinhos. Solte todos aqueles que você pegou. Eles podem ser como este anjo da guarda, velando e te protegendo contra todos os perigos”. E, assim, o pássaro alçou voo e voou em direção ao céu.
                                                                                                
MORAL DA HISTÓRIA: Não aprisione pássaros.

AUTORIA: Mário Garcia Aguiar.

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