O ANJO DA GUARDA
Era uma vez, em uma
floresta distante, um pássaro, com seu canto encantador, misterioso, o qual
ninguém conseguia saber de onde vinha, nem onde estava.
Numa casinha próxima
a esta floresta, morava Pedrinho, com seu pai e sua mãe. Toda manhã ele
acordava e ouvia o cantar desse maravilhoso pássaro, próximo à sua casinha.
Pedrinho, com seu costume de pegar passarinhos e prender em gaiolas, planejou:
“Vou pegar este pássaro, o qual ninguém consegue trazer pra casa”.
Acordou ainda de
madrugada e lá se foi Pedrinho aventurando-se na mata, à procura de sua presa,
com seu alçapão e sua gaiolinha. Entretanto, o menino não estava mais ouvindo o
cantar do passarinho, mas corajoso continuou caminhando pela mata adentro, por
várias horas até se perder. Já à tardinha, quando estava começando a escurecer,
Pedrinho bastante cansado, com fome e sede, deitou-se embaixo de uma árvore e
dormiu.
Acordou com o
passarinho cantando, levantou-se eufórico, partiu em busca daquele cantar
maravilhoso e imaginou: “Agora vou pegá-lo!”. Porém, todas as vezes que
Pedrinho se aproximava do pássaro, este voava para mais distante ainda, e,
assim, o menino continuava o seguindo.
Com muita sede e
cansado, Pedrinho avistou um riacho de águas cristalinas e se deitou a beira
dele. Fartou-se de beber água, até cessar sua cede, quando de repente ouviu, de
novo, o canto do passarinho pertinho de onde estava. Numa árvore, com galhos
enormes, encostados á margem do riacho, o menino não perdeu tempo e pegou seu
alçapão, armou e pensou: “Vai ser agora!”. Todavia, como sempre acontecia, o
passarinho voou para outro caminho, mas Pedrinho não desistiu e foi em busca
dele.
Faminto e quase
perdendo suas energias, inesperadamente, escutou aquele cantar, em um bananal
bem próximo, logo, partiu para lá. Nas bananeiras, avistou lindas pencas de
bananas maduras, amarelinhas, refletidas pelo sol. O menino correu até elas, com
muita fome, arrancou várias delas e comeu até se fartar. Ouviu o pássaro,
novamente, mais distante dali e foi ao seu encontro. Como sempre, quando
Pedrinho se aproximava o passarinho voava. Dessa vez, ele voou até a subida de
um morro bem alto e Pedrinho, já preparado, pegou rápido seu alçapão para
prender o pássaro.
No momento em que ia
conseguir capturar o passarinho, o menino avistou ao longe sua casinha. Com
saudades, largou tudo e correu em direção ao seu lar. Chegando ao terreiro, lá
estavam seus pais, que desesperados gritaram: “Nosso filho voltou!”. Os pais de
Pedrinho se ajoelharam e levantaram as mãos para o céu, agradecendo a Deus,
pela volta do menino. Cheios de saudade abraçaram bastante o filho querido.
Nesse momento, eles
ouviram o passarinho cantar mais forte do que o normal, um canto maravilhoso,
que cumpria sua missão de trazer de volta o menino à sua família. Ao ouvir o
canto, todos olharam para cima e avistaram na mais alta árvore, um lindo
pássaro, enorme, com plumagem branca. O pai de Pedrinho, então, disse: “Nunca
mais faça isso filho! Não se pode pegar os passarinhos. Solte todos aqueles que
você pegou. Eles podem ser como este anjo da guarda, velando e te protegendo
contra todos os perigos”. E, assim, o pássaro alçou voo e voou em direção ao
céu.
MORAL DA HISTÓRIA: Não aprisione pássaros.
AUTORIA: Mário Garcia Aguiar.
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